terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Vaticano:Representatividade e Finanças!




Uma das principais causas da crise financeira europeia é o tamanho do Estado. Nos últimos anos, vários países da região gastaram mais que do que entrou nos cofres públicos e a saúde financeira foi ladeira abaixo. Ao oeste do Rio Tibre, localizado no centro de Roma, a cidade-estado do Vaticano sofre com mesmo problema da Itália, Grécia e Espanha. Ou seja, as contas papais estão no vermelho.

 Soberano da Itália desde 1929, o Vaticano amargou recentemente um dos piores anos de sua história em termos fiscais. Balanço aprovado pelo Conselho de Cardeais em julho do ano passado mostra que a cidade-estado amargou um déficit de US$ 18,4 milhões em 2011. Em 2010, após esforço para melhorar as contas, a Santa Sé havia registrado um auspicioso superávit de US$ 9,9 milhões.

O balanço aprovado pelo conselho dos cardeais não esconde a causa do rombo. "O item mais significativo nos gastos foi o relativo ao pessoal, que em 31 de dezembro somava 2.832 pessoas. Gastos com comunicação também devem ser considerados", diz o documento que apresentou o balanço de 2011. 

Apesar de ter o 7º menor mercado de trabalho do mundo, a cidade-estado tem um índice elevado de trabalhadores por habitante: são 3,5 empregados para cada um dos 800 moradores da Santa Sé.

Ou seja, os servidores do Vaticano representam 354% da população. Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o porcentual dos servidores públicos sobre a população no Brasil é cerca de 12% e, na média dos países da OCDE, o porcentual é de 22%.

Fonte : Fernando Nakagawa, correspondente do Jornal O Estado de São Paulo em 11/02/2013

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