Matéria de Luiz Alexandre Souza Ventura Blog Estadão
Nos últimos dois anos, a sociedade brasileira incluiu em sua agenda
os temas referentes às pessoas com deficiência e, a partir disso, começa
a ficar claro que a inclusão dessa parcela da população é uma questão
de cidadania. A avaliação é feita pelo CEO e superintendente geral da Associação de Assistência à Criança com Deficiência (AACD), João
Octaviano Machado Neto. “‘É necessário entender que as estruturas de
acessibilidade não devem ser encaradas como um favor, uma caridade. Este
é um direito garantido a todos pela Constituição”, diz.
Para João Octaviano, o momento é positivo para o País avançar no
setor, mas a sociedade tem a obrigação de respeitar e entender as
diferenças, “porque pessoas com deficiência são, acima de tudo, pessoas.
Não há coitados”, ressalta.
O superintendente da AACD afirma que, apesar de muitas conquistas, o
Brasil ainda está atrasado, principalmente porque o preconceito coloca o
deficiente em uma posição obscura, quase invisível. “Pessoas com
deficiência têm habilidades que podem ser potencializadas. Um deficiente
visual, por exemplo, pode atuar em uma função na qual a sua audição
seja um diferencial”, defende Octaviano, citando a compensação dos
sentidos, fenômeno comprovado em estudos científicos no qual o cérebro
‘fortalece’ determinado sentido humano para compensar a ausência de
outro.
A exemplo de outros cidadãos atuante no setor João
Octaviano afirma que a legislação brasileira voltada às pessoas com
deficiência é completa e abrangente, mas há equívocos na aplicação.
“Ninguém se preocupou em capacitar essas pessoas”. Veja os videos abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=gTFBJPeEokg&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=LWsLqDVvgBw
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